Conforme envelhecemos, nossa pressão arterial tende a subir mais. Para muitos, ter pressão alta após os 65 anos é tão normal quanto ter cabelos brancos ou rugas na pele. Mas eu realmente quero te mostrar que isso não deve ser considerado uma regra - depende unicamente do nosso estilo de vida.
Na década de 1920, cientistas analisaram dados de quenianos nativos, entre eles a pressão arterial. Os quenianos seguiam uma alimentação com baixo sódio e alto consumo de alimentos vegetais não processados: feijões, grãos integrais, legumes, frutas, verduras.
Até os 45 anos de idade, a pressão arterial dos quenianos não era muito diferente dos europeus e americanos: cerca de 125/80. Porém, foi observado que a medida que os europeus e americanos ficavam mais velhos, a pressão deles começava a subir, ultrapassando a dos africanos da zona rural.
Para europeus e americanos com 60 anos, o normal já era a hipertensão, com a pressão sanguínea acima de 140/90. E o que acontecia com os quenianos acima dos 60 anos? A pressão deles na verdade melhorava, com uma média de 110/70! Isso se mostrou típico de quem tem um estilo de vida saudável, com uma alimentação majoritariamente a base de vegetais.
Em uma análise, em um período de 2 anos, 1.800 pacientes foram hospitalizados em um hospital do Quênia, com nenhum paciente com caso de pressão arterial.
A hipertensão pode ser uma escolha. Todos os dias, podemos optar por consumirmos uma alimentação que prejudica nossas artérias ou podemos optar por um estilo de vida que leve a diminuição da pressão arterial naturalmente.
E essa escolha está no alimento. Sem remédios e sem mesa de cirurgia. A decisão está no nosso prato e no nosso garfo.
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Referências
DONNISON, C.P. “Blood Pressure in the African Native.” The Lancet. Londres: 1929; 213(5497): p. 6-7.
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